O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Fernando Sampaio, reiterou a perspectiva de abertura dos Estados Unidos à carne bovina in natura do país neste primeiro semestre.
Segundo ele, que esteve presente à visita do ministro da Agricultura, Neri Geller, à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a consulta pública sobre o assunto durará até o dia 20 e depois há um prazo para discutir os comentários, mas sem definição de duração.
- Pelas informações que temos, tudo está tranquilo. Não existe oposição grande. Estamos confiantes - disse.
Segundo ele, o Brasil entrará na cota outros, de 65 mil toneladas, juntamente com países como Nicarágua.
- É pequeno ante a importação total de um milhão de toneladas que os Estados Unidos fazem, mas já é uma entrada. O bom é que eles compram bastante dianteiro magro, para fazer hambúrgueres, enquanto nós brasileiros consumimos mais traseiro - declarou.
A abertura do mercado norte-americano também facilitaria as negociações com outros países do Nafta, América Central e Caribe. Sobre o Irã, o diretor da ABIEC disse que o país pode voltar a ser um dos quatro maiores destinos da carne bovina brasileira em 2014.
- Essas negociações que aliviaram as sanções ao país nos ajudaram - explicou, informando que em 2010 o Irã ocupava o terceiro maior destino da proteína nacional.
A respeito da China, Sampaio disse esperar uma visita técnica. Com relação ao ministro Geller, que assumiu no final de março, a percepção do executivo é de que ele está disposto a ajudar o setor produtivo.
Fonte: Estadão Conteúdo. 9 de abril de 2014.
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